CONHEÇAM A 3ª E ÚLTIMA TEMPORADA DA SÉRIE “WONDER WOMAN” DA DÉCADA DE 1970

E chegamos ao final dessa trilogia sobre as origens do seriado da Mulher-Maravilha dos anos ’70.

Com o início das filmagens da 3ª temporada de “Wonder Woman”, foram necessários implementações de novas mudanças para atingir o público adolescente, entre essas mudanças tivemos as saídas dos personagens Joe Atkinson, que era interpretado pelo Norman Burton e a Eve, vivida pela Saundra Sharp, embora ela seja mencionada uma ou duas vezes durante a temporada, outra mudança foi que o Steve Trevor Jr. aparecia cada vez menos, em decorrência de problemas pessoais do ator Lyle Warggoner, esses problemas foram tão impactante que o personagem não participou de vários episódios.

Novamente regravaram o tema de abertura da série, para que ela tivesse uma batida de discoteca, com claro objetivo de atrair os adolescentes da época, outro ponto foi o aumento das gags de humor do robô ‘Rover’, e os episódios começaram a girar em torno de assuntos atuais como skate, montanhas-russas e meio ambiente, para aumentar essa “aproximação” entre os jovens e a série, vários dos personagens principais e coadjuvantes eram adolescentes ou jovens adultos.

Os episódios mostrados nessa temporada, tenderam mostrar, com uma frequência cada vez maior, a Mulher-Maravilha atuando, principalmente fora de Washington DC, tendo o Trevor Jr. assumido o cargo de chefe do “IRAC” e visto cada vez menos na série.

Outra mudança ocorrida na série foi que a Mulher-Maravilha recebeu “autorização ” para se tornar um pouco mais física, podendo agora ser vista dando socos ou chutes ocasionais nos bandidos. Os roteiristas tiveram que colocar a criatividade para trabalhar, já que queriam criar várias maneiras diferentes e incomuns da Diana executar suas transformações giratórias, dentre todos destaco dois excelente, o primeiro ocorre no 6ª episódio da 2ª temporada chamado “The Pied Piper”, onde a Diana se transforma na Mulher-Maravilha enquanto está amarrada em uma cadeira giratória, o próximo ocorre no 10ª da 3ª temporada, intitulado “Stolen Faces”, em que a transformação acontece enquanto a Diana está caindo de um prédio alto.

Além desses novos métodos de mudança de roupa, ela exibiu outros poderes, principalmente no 9ª episódio da 3ª temporada, intitulado “The Deadly Dolphin”, no qual ela se comunica, telepaticamente, com animais lembrando o antigo poder chamado “Rádio Mental” que ela apresentava nos quadrinhos, e que nunca havia sito mostrado anteriormente na série, fora isso ela demonstra o poder de gerar explosões de uma forma desconhecida de energia, que ela usa para espantar um tubarão assassino.

Nesta última temporada escolhi uma sequência de episódios que valem a pena terem um destaque.

Começamos com o 19ª episódio chamado “The Girl With a Gift for Disaster”, onde temos uma jovem dotada de poderes paranormais, que acabam causando vários acidentes, ela acab sendo usada por ladrões, depois tivemos os 20ª e 21ª episódios chamados “The Boy Who Knew Her Secret” no qual alienígenas vem à Terra em busca de um criminoso que fugiu e para complicar ainda mais a situação, durante as investigações de Diana um jovem rapaz acaba descobrindo sua identidade secreta.

No 22ª episódio “The Man Who Could Not Die”, uma trama recheada de ação, onde um cientista faz experiências e consegue dar poderes a um homem e um chimpanzé. Já nos últimos episódios, os 23ª e 24ª temos o episódio duplo “The Phantom of the Roller Coaster”, onde temos uma rede de espiões escondidos em um parque de diversões assombrado por um fantasma e resta a Mulher-Maravilha detê-los.

No final da 3ª temporada os roteiristas tentaram uma espécie de “relançamento” da série, ao levar Diana a ser transferida para o Escritório de Los Angeles do IADC, sendo acompanhada por um novo elenco de apoio. Embora essa mudança tenha sido começada a ser produzida com o intuito de ter uma forte expectativa de uma 4ª temporada, essa mudança acabou ocorrendo apenas em um episódio, o 22ª da última temporada, que criou uma variedade de novos personagens coadjuvantes.

Estes incluíam Dale Hawthorn, o novo chefe de Diana no IADC, que foi interpretado pelo John Durren, Bret Cassiday, vivido pelo Bob Seagren, um homem geneticamente modificado que ganhou um corpo invulnerável, bem como um jovem de rua chamado T. Burton Phipps III, interpretado pelo jovem James Bond III (Acreditem, esse É o nome dele),
que inexplicavelmente tem permissão para transitar pelos corredores do IDAC. Como alívio cômico haveria um chimpanzé que, como Bret, também era invulnerável.

John Durren vivendo Dale Hawthorn, Bob Seagren vivendo Bret Cassiday e James Bond III vivendo T. Burton Phipps III

Se você assistir a 3ª temporada perceberam que esses novos personagens não aparecem nos outros episódio, isso ocorreu pelo fato de que ele foi realmente o último a ser produzido e teria sido usado como gancho para uma 4ª temporada, que nunca aconteceu, no entanto ele foi mostrado fora de sequência, fazendo com que os episódios 23ª e 24ª, com o episódio de duas partes de “The Phantom of the Roller Coaster” fossem os últimos episódios de “Wonder-Woman”.

Estes três episódios foram ao ar entre os meses de agosto e setembro de 1979, meses após a transmissão do resto da terceira temporada, criando uma minitemporada, embora nos futuros lançamentos das temporadas em mídias físicas, eles permaneçam agrupados como parte da 3ª temporada.

No final das contas, nenhum outro episódio foi produzido devido à falta de novos membros do elenco para uma nova temporada e baixa audiência, principalmente depois das mudanças, “Wonder Woman” foi oficialmente cancelada, a série ficou em 60ª lugar entre 114 programas da temporada 1978-1979, com apenas 16,5% de avaliação e 28% de compartilhamento pelo público. Após seu primeiro especial musical para a televisão, Lynda Carter desistiu do papel de Mulher-Maravilha para se concentrar mais em sua carreira musical.

Com isso a CBS decidiu mover “The Incredible Hulk” (O Incrível Hulk) para as 20:00 horas de sexta-feira e a partir das 21:00 estrearam a nova série “Os Gatões” (The Dukes of Hazzard).

A série “Wonder Woman” estreou no Brasil em 1977, às 22hs na faixa de programação em horário nobre, chamado Quarta Nobre, porém a emissora já havia transmitido os primeiros episódios, na forma de telefilme em 1975. Já em 1978 a Globo reservou a série da Mulher-Maravilha, juntamente com a série “Man from Atlantis” (O Homem do Fundão do Mar), lançada lá fora em 1977, dentro do horário vespertino, reservado aos Super-Heróis, depois as três temporadas foram reprisada aos domingos à tarde, horário reservado pela Globo para exibir séries de TV. A Mulher-Maravilha ficou no ar pela Globo até o começo de 1981, no mesmo ano a serie da Mulher-Maravilha saiu da grade de programação da Rede Globo, sendo comprada pela antiga TVS (atual SBT) e passando a ser exibida na grade de programação sempre às 18:30hs, ela ficou na programação da TVS até 1982.

Depois que ela saiu da TVS, a Mulher-Maravilha ficou sem ser exibida até 1984, quando a TV Record comprou os direitos de exibição, a série ocupou o horário das 18:30hs, que na época era o horário tradicional que a Record exibia suas séries, a exibição foi até 1986, depois a série da Amazona ficou alguns anos fora das telinhas brasileiras.

Já na década de ’90 foi “Wonder Woman ” foi reprisada no Warner Channel, canal pago da Warner Bros. nas noites de sábado no bloco “Sábados de Super-Herói”. Nos anos 2000 foi representada pelo canal argentino Retro Channel.

Em 2011 a série voltou à programação brasileira através da Rede Brasil, e desde o final de 2022 “Wonder Woman” faz parte do catálogo do Streaming HBO Max.

Falando agora da dublagem, todos os episódios das três temporadas de “Wonder Woman” foram dubladas pelo estúdio do Rio de Janeiro, o já icônico Herbert Richers.

As dublagens foram dirigidas por Alberto Perez, já a apresentação da primeira temporada e todas as leituras de placas e créditos da segunda e terceira temporadas foi narradas pelo Ricardo Mariano, enquanto que as leituras de placas e créditos da primeira temporada ficou a cargo do Armando Cazellas. Já na dublagem dos atores, na primeira temporada Lynda Carter (Diana/Mulher-Maravilha) foi dublada pela Mara Di Carlo (falecida em 1996), Lyle Waggoner (Coronel Steve Trevor) foi dublado pelo Orlando Prado (falecido em novembro de 1999).

Na segunda temporada tivemos algumas mudanças de dubladores, Lynda Carter (Diana/Mulher-Maravilha) foi dublada pela Angela Bonatti, Lyle Waggoner (Coronel Steve Trevor) continuou dublado pelo Orlando Prado, Norman Burton (Joe Atkinson) recebeu a voz do Magalhães Graça (falecido em agosto de 1990), Tim O’Connor (o alienígena Andros) foi dublado pelo Nilton Valério (falecido em agosto de 2007) e o Computador IRAC recebeu a voz do André Filho (falecido em março de 1997).

Principais dubladores das três temporadas de “Wonder Woman”

Mesmo com o fim da série a imagem da Lynda Carter como a Mulher-Maravilha ficou marcada no imaginário popular, tanto que entre Janeiro de 2015 até setembro de 2016 a DC publicou uma série de HQs intitulado “Wonder Woman ’77”, onde apresentava as histórias da Mulher-Maravilha como uma continuação direta da série de TV lançada entre 1975-1979 e estrelada pela belíssima Lynda Carter.

A HQ foi, inicialmente escrita por Marc Andreyko, embora outros escritores, como Trina Robbins, Amanda Deibert, Ruth Fletcher, Cristo Gage e Amy Chu o tenham substituído posteriormente, as edições tiveram arte da capa de Nicola Scott.

Os roteiros iniciais do Marc Andreyko se propôs especificamente em usar em “Wonder Woman ’77” alguns dos Supervilões da galeria da Mulher-Maravilha nos quadrinhos, já que o orçamento limitado da série de televisão não permitia o uso de outros personagens superpoderosos muitos deles, o que significa a que pelo menos nas HQs a personagem poderia lutar contra Supervilões como Cheetah, Cisne de Prata e Doutor Psycho, enquanto ainda combatia os conhecidos bandidos que ela já era acostumada em combater na TV.

Volumes I & II da HQ “Wonder Woman ’77”

E aqui concluímos todas as temporadas do seriado da Mulher-Maravilha estrelado pela Lynda Carter, eu cheguei a assistir alguns episódios, na época em que passava na Globo, eu deveria ter uns 08 ou 09 anos nesse período, tenho apenas vagas lembranças, mas duas que ficaram marcadas eram a transformação dela e a alegria da minha mãe enquanto assistia comigo. Hoje consegui concluir todas as temporadas, através do HBO Max.

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  • Studio Perfect Persianas

    Realmente material fantástico, não tinha conhecimento sobre o assunto ! após ler atentamente notamos que o público não estava preparado para esta obra de arte .

    • Joselio Bezerra

      Concordo com você, e infelizmente nunca mais tivemos outra série-solo com a Princesa Amazona, nem em live-action e nem em animação.

      Apenas participações na série e nos longas animados da Justice League.

      Em 14 anos ela só teve dois filmes animados, em 2009 com o lançamento de “Wonder Woman” e depois de anos, tivemos um novo longa animado “Wonder Woman: Bloodlines” (Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue – 2019).

      PS: Estou desconsiderando os longas com a Gal Gadot.